Justiça: Homem que matou moradora de Águas Lindas em atropelamento no DF se entrega à polícia

O bancário Daniel Henrique da Silva, acusado de atropelar e matar a diarista Maria Núbia dos Santos Silva, moradora de Águas Lindas de Goiás, se apresentou à 2ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte, na tarde de ontem (20). O atropelamento aconteceu na última terça-feira, no bairro Noroeste, em Brasília, e causou grande comoção social.

Segundo as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal, Daniel conduzia um veículo após ter passado horas em um bar no Setor Hoteleiro Sul, entre as 21h e as 4h da madrugada. Na altura do Parque Burle Marx, o carro colidiu com a motocicleta pilotada por Maria Núbia, que morreu na hora. Ela estava a caminho do trabalho quando foi atingida.

O laudo do Corpo de Bombeiros aponta múltiplas fraturas e traumatismo craniano gravíssimo. O óbito foi constatado no local por uma equipe do SAMU. Câmeras de segurança registraram o momento do acidente e ajudaram na identificação do autor, que fugiu sem prestar socorro.

Após quatro dias foragido, Daniel se entregou à polícia acompanhado de seus advogados. Ele teve o mandado de prisão preventiva cumprido e permanece detido no Departamento de Polícia Especializada (DPE), aguardando transferência para o Complexo Penitenciário da Papuda.

Durante o interrogatório, o acusado optou por permanecer em silêncio, utilizando o direito constitucional de não se autoincriminar. Segundo o delegado-chefe da 2ª DP, Paulo Noritika, o comportamento do suspeito no momento do crime foi de total descaso. "Ele não demonstrou qualquer arrependimento. Após o atropelamento, apenas olhou e foi embora. Não prestou socorro e nem acionou as autoridades", afirmou.

Daniel deve responder por homicídio qualificado, com agravantes como omissão de socorro, o que pode resultar em pena de 12 a 30 anos de prisão. Além dele, outras três pessoas estão sendo investigadas por possível envolvimento na fuga. Elas podem ser responsabilizadas pelo crime de favorecimento pessoal, cuja pena varia de um a seis meses de detenção.

Até o fechamento desta matéria, a defesa de Daniel Henrique da Silva não havia se pronunciado sobre o caso.