Um subtenente da Polícia Militar do Distrito Federal foi condenado por participar de um estupro coletivo, na região de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF, em outubro de 2021. Um segundo homem também foi condenado.
De acordo com o Ministério Público de Goiás, o subtenente Irineu Marques Dias estava em escala de serviço no dia do crime. Ele foi condenado a 12 anos de prisão, além de ter que pagar indenização de danos morais à vítima.
A jovem tinha 25 anos na época do crime. Em depoimento à polícia, a vítima contou que estava em uma festa que começou na noite de sexta-feira, o de outubro, e duraria até domingo (11). Ela disse que, depois de mostrar que estava armado, o militar a estuprou e, depois, outros homens repetiram o crime (relembre o caso mais abaixo).
A defesa do policial informou que entrou com recurso, pois considera que não existem provas do crime, além da declaração da vítima. Até a última atualização da reportagem, a reportagem não havia conseguido contato com a defesa do outro condenado.
Confira detalhes da condenação:
Policial militar foi condenado a 12 anos e 3 meses de prisão e indenização de R$ 15 mil reais;
Outro homem envolvido teve pena fixada em 9 anos e 9 meses de prisão e indenização de R$ 15 mil.
Na decisão, o juiz Felipe Morais afirmou que o contexto de festa, diversão, entorpecentes ou qualquer outro elemento são desimportantes para a análise do crime por uma lógica simples: sexo não consentido é estupro.
Sequência de sucessivos estupros; relembre o caso
O caso ocorreu em outubro de 2021, em Águas Lindas de Goiás. De acordo com o Ministério Público, a vítima foi convidada para uma festa.
Na manhã seguinte, quando dormia em um dos quartos, ela foi surpreendida pelo policial militar do DF. De acordo com a vítima, o subtenente Irineu Marques Dias usou a arma de fogo para intimidá-la e, em seguida, começou uma sequência de estupros com outros envolvidos.
A jovem disse que, durante todo o tempo, gritou por socorro, mas não foi atendida. Depois dos abusos ela conseguiu fugir, inclusive usando a camiseta do subtenente, e acionou a polícia. A jovem recebeu os primeiros socorros e foi levada à delegacia da região.
Seis suspeitos foram presos por militares goianos à época, mas a vítima reconheceu três deles. A arma usada no crime seria de Irineu.
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