A Netflix anunciou na quarta-feira que perdeu quase 1 milhão de assinantes entre abril e junho, mas as coisas não são tão ruins quanto parecem.
A perda relatada para o trimestre foi de 970.000 assinantes, abaixo das expectativas de Wall Street, mas evitando o pior cenário que a empresa havia previsto.
A previsão de abril da Netflix era de perder até 2 milhões de assinantes no segundo trimestre deste ano, mas a situação atual não é tão catastrófica quanto a empresa esperava inicialmente.
Por outro lado, embora os cancelamentos no segundo semestre do ano não tenham sido tão altos quanto o esperado - 970.000 contra 2 milhões - a Netflix estimou que adicionaria cerca de 1 milhão de assinantes no terceiro trimestre, número bem abaixo de Wall Expectativa do Street, segundo Refinitiv.
De acordo com os dados, o número de novos usuários gira em torno de 1,84 milhão. Em carta aos acionistas, a Netflix atribuiu o declínio no período a fatores como compartilhamento de senhas, concorrência e crise econômica, segundo a Netflix.
Apesar dos tempos negativos, a Netflix continua sendo o maior serviço de streaming do mundo, com mais de 220 milhões de assinantes e assim as ações da Netflix subiram no mercado, já que a previsão da empresa representava um retorno ao crescimento de assinantes. Como resultado, as ações, que caíram 67% este ano, subiram 7% após o lançamento do balanço em meio a preocupações com o crescimento da gigante do streaming.
Recentemente, a Netflix anunciou que cobraria usuários de mais de uma residência de cinco países da América Latina (Argentina, República Dominicana, Honduras, El Salvador e Guatemala) para acessar suas contas. No Brasil, esta regra não será aplicada. A Netflix ganhou US$ 3,20 (17,20 reais) por ação no segundo trimestre deste ano, um aumento de 9%, apesar do dólar mais forte. Excluindo os efeitos cambiais, essa receita teria crescido para 13%.
Mín. 19° Máx. 30°