Gestante foge com dinheiro da família e mente que havia sido sequestrada, em Aparecida

Uma jovem de 19 anos, que está grávida de nove meses, é investigada pela Polícia Civil por mentir que foi sequestrada e que estava em cárcere privado para fugir com o dinheiro da família para a casa do ex-namorado. O caso foi registrado no último dia 30 de junho na Delegacia de Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital.  A gestante pode responder por falsa comunicação de crime.

Conforme relatado pela delegada Luiza Veneranda, que coordena a investigação, a gestante saiu de casa para sacar cerca de R$ 19 mil, oriundos da venda de um lote, mas não retornou. Três dias após o sumiço, ela mandou mensagens aos familiares, por meio de redes sociais, e afirmou que havia sido sequestrada e era mantida em cárcere privado por um motorista de aplicativo, que tinha distúrbios mentais.

Desesperados, os familiares procuraram a polícia e registraram um boletim de ocorrência. Para a polícia, a família contou que a jovem dizia nas mensagens que não era maltratada, mas que o suposto sequestrador não a deixava ir embora porque “queria uma companhia”.

Informações contraditórias

Diante das informações, os policiais iniciaram uma investigação e perceberam que havia fatos contraditórios no relato da jovem. “Ela enviava fotos desfocadas do local onde dizia ser mantida e afirmava não ter acesso ao WhatsApp, mas enviou mensagens aos familiares pelas redes sociais”, afirma a delegada.

Os investigadores solicitaram que a gestante descrevesse o local e tentasse enviar sua localização para ser resgatada. No entanto, ao chegarem no local, a equipe constatou que localização enviada indicava uma propriedade no distrito de Nova Fátima que não batia com as descrições feitas pela jovem.

Em Brasília com o ex-namorado

Ao prosseguir com a apuração, os policiais descobriram a verdadeira localização da jovem, em Brasília. Ela confessou que inventou o sequestro para fugir e poder ficar com o ex-namorado, já que a família não gostava dele.

“Esse tipo de atitude prejudica, e muito, o trabalho investigativo da Polícia Civil que deixa de lado assuntos reais, crimes sérios, para investigar esse tipo de situação. Por essa conduta, essa mulher vai ser investigada por falsa comunicação de crime ou contravenção penal”, ressalta a delegada Luiza Veneranda.