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Com chegada do 5G, antenas parabólicas deixam de receber sinal da TV aberta em Brasília; veja o que fazer

Quinta geração de internet móvel começa a ser operada na capital nesta quarta-feira (6). Atualmente, DF tem 3.341 antenas parabólicas, segundo Anatel.

05/07/2022 às 15h48
Por: Redação Fonte: G1
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Com chegada do 5G, antenas parabólicas deixam de receber sinal da TV aberta em Brasília; veja o que fazer

A ativação da quinta geração de internet móvel — o 5G — em Brasília, nesta quarta-feira (6), vem acompanhada de algumas mudanças tecnológicas na capital. Uma delas diz respeito às antenas parabólicas, que não vão mais receber o sinal da TV aberta (veja detalhes abaixo).

A capital, primeira cidade do país a contar com o 5G, tem atualmente 3.341 antenas parabólicas, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Por isso, quem usa esses equipamentos vai ter que trocar o aparelho por um digital para não perder o sinal televisivo.

As novas antenas podem ser internas, instaladas ao lado dos televisores, ou externas, colocadas nos telhados. Para famílias que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), a mudança para a antena digital pode ser feita de maneira gratuita (veja detalhes abaixo).

O professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB Ugo Dias aponta ainda que, se o consumidor possui TV por assinatura, não é preciso fazer nenhuma mudança após a chegada do 5G na capital.

"As redes de celulares 5G não vão influenciar qualquer outro equipamento do nosso dia a dia. Só esse sistema de TV por parabólica vai ser afetado", afirma o docente.

Atualmente, as antenas parabólicas operam na banda C, ou seja, em 3,5 GHz, explica o diretor-conselheiro da Anatel Moisés Queiroz Moreira.

O especialista aponta que a frequência é a mesma que será usada pelo 5G. Para evitar prejuízos ao serviço, o especialista explica que a TV aberta migrará para a banda Ku.

"Quando [o 5G] for ligado, quem tem antena parabólica sofrerá interferência e não vai mais funcionar", aponta Moreira.

No Brasil, a antena parabólica estava presente em 27% dos lares em 2019, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Equipamentos gratuitos

A Entidade Administradora da Faixa (EAF), da Anatel, tem um programa de distribuição gratuita da nova parabólica digital, conversor e cabos. Para fazer parte, é preciso se encaixar nos seguintes critérios:

Ser inscrito no CadÚnico;

Possuir uma antena parabólica tradicional, devidamente instalada e conectada à TV.

A solicitação do kit e a instalação devem ser agendados por meio do site da EAF. Segundo a entidade, a mudança de equipamento de forma gratuita está disponível apenas nas capitais brasileiras.

A partir desta quarta, o 5G deve estar disponível em 80% da capital. Até o último fim de semana, cada uma das três operadoras autorizadas a operar na faixa (Claro, Vivo e Tim) instalou 100 estações espalhadas pelo DF, com maior concentração na região do Plano Piloto.

A tecnologia vai funcionar apenas em celulares mais recentes, de empresas como Apple, Samsung, Xiaomi, Motorola, entre outras. Ao todo, 67 celulares que suportam o 5G foram homologados pela agência.

Inicialmente, a expectativa é que o serviço seja garantido nos atuais planos das operadoras, sem cobrança extra. Segundo especialistas, a quinta geração da internet vai aumentar a capacidade de transmissão de dados e diminuir a latência, que é o tempo que a informação leva para sair do computador e chegar no destino.

De acordo com a Anatel, as próximas capitais a receberem o sinal são: São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa. No entanto, ainda não há data definida. Apesar da chegada da nova tecnologia, o 4G não deixa de existir.

O benefício da chegada do 5G vai além da telecomunicação. Outros setores da economia, como o de energia, também devem colher os frutos da quinta geração de internet móvel.

De acordo com o gerente da CAS Tecnologia, Octavio Brasil, a nova tecnologia é importante para a melhoria no monitoramento do consumo por parte das distribuidoras de eletricidade.

"[Interfere na] qualidade dos serviços, investindo na redução dos períodos de queda no fornecimento. Quando [as quedas] eventualmente acontecem, o reestabelecimento acontece cada vez mais rápido", explica Brasil.

A médio e longo prazo, a expectativa é de que esse melhor monitoramento do consumo traga redução nas perdas das distribuidoras. "Isso acontecendo também gera um menor repasse a cada ano", afirma o especialista.

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